O seu nome é André Ventura, nasceu em Cascais e tem apenas 29 e uma carreira cheia de sucessos. Estudou em Portugal mas cedo se mudou para Londres, onde ainda hoje vive. Diz-se ser uma pessoa organizada, com boa gestão de tempo e recursos. Consegue trabalhar independente ou acompanhado mas não refere como é criativo e que projectos tão bons já criou. Essa parte deixa para quem fala dele e conclui com uma simples passagem pelo seu site.
Como muito gozo me dá escrever sobre profissionais portugueses, hoje fica aqui mais um. Desta vez não é um arquitecto mas sim um designer de produto/equipamento e o produto em questão ficarão a conhecer já de seguida.
O OC 01 é estranho. Refiro-me apenas ao nome, pois o seu conjunto é de um design incrível. Esta é a fotografia em que visualizamos o banco ou mesa de apoio na sua posição de uso e totalmente montado.
Consigo imaginar esta peça de design numa sala junto a um sofá com um copo de vinho e umas revistas, no quarto como mesa de cabeceira, num closet como banco de apoio ou num hall de entrada apenas com uma jarra de flores em cima. É uma peça polivalente pois adapta-se com facilidade a qualquer espaço. O lado mais engraçado e bem conseguido deste objecto é ser possível montar ou desmontar quando se deseja. Sem dificuldades acrescidas a esse nível. É quase como um puzzle! As suas superfícies de forma quadrangular intersectam-se entre si através de linhas rectas de cantos vivos que contrastam com os círculos, dando uma sensação de equilíbrio e de unidade.
É composto por peças de madeira que se interligam e encaixam como um quebra-cabeça. A madeira não tem tratamento e apresenta-se na sua cor natural que apesar da sua forma simples e moderna sugere uma certa elegância rústica. O mais cativante é perceber como as duas formas elementares, circulo e quadrado, se fundem perfeitamente sendo elas formas concorrentes.
Mesmo que não esteja à procura de nenhum objecto novo para sua casa esta é daquelas peças que nunca é a mais e que sempre será funcional e elegante, completando a decoração de qualquer divisão sem a sub-carregar.
Verificamos pela imagem como começaram os estudos até chegar à forma final do produto. Os círculos e quadrados já apareciam desenhados e a forma já estava resolvida. Em duas das superfícies já se conseguia visualizar a forma aberta
para um posterior encaixe.
Foi com esta imagem, que André decidiu pôr mãos à obra e passou do desenho para algo físico. E ainda bem que o fez o resultado não podia ser mais do que positivo.
Veja outros projectos do autor, aqui.