Habitação de volumes surpreendentes

Catarina Rodrigues – Homify Catarina Rodrigues – Homify
CASA HARAS, ESTUDIO GEYA ESTUDIO GEYA Modern houses
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Prepare-se porque o projecto que lhe vamos mostrar hoje é a junção de um pensamento arquitectónico e artístico com a funcionalidade que qualquer habitação requer.

O Estudio Geya é uma empresa familiar com mais de trinta anos de experiência no ramo da arquitectura e do design de interiores. Ao longo destes anos, o atelier, tem projectado e executado um grande número de obras que envolvem os mais variados tipos de projectos: desde moradias unifamiliares – como a que iremos conhecer de seguida- até clínicas, hotéis e edifícios.

Este é um projecto extremamente bem conseguido. Os arquitectos Liliana Pichin, Lucas Geya e Andrés Geya, juntamente com a colaboração de Magdalena Sanchez, Santiago Odella e Silvina Regojo, conseguiram compreender as necessidades de uma família moderna e assim criar uma moradia funcional e esteticamente apelativa, exclusivamente concebida em função das prioridades desta família.

O local da construção é na província de La Reja na cidade de Buenos Aires, Argentina. No total a construção conta com uma superfície de 275 m2.

Resta-nos dizer que as fantásticas fotografias que iremos observar, deste projecto, ficaram a cargo de Frederico Kulekdjian.

Fachada principal

Foi num pequeno lote perimetral na zona oeste da grande e maravilhosa cidade de Buenos Aires, que esta habitação unifamiliar foi projectada. A fachada principal apresenta-se simples, comunicando com a envolvente de forma harmoniosa e dinâmica. O ripado em madeira define e marca um movimento ritmado, sendo este talvez, um dos pontos mais distintos nesta fachada. Conseguimos observar ainda dois caminhos distintos sendo que, um deles nos encaminha para a porta de entrada principal e o outro para uma zona coberta onde é possível guardar o automóvel.

Sala de estar

Ao observarmos esta perspectiva interior da sala de estar, é possível compreender que os materiais são, sem dúvida os grandes protagonistas deste projecto moderno. Estes foram deixados, na sua maioria, no seu estado mais puro.

O betão armado à vista, o cimento alisado no pavimento do piso térreo, as placas de mármore, também nos pisos inferiores e o travertino na zona da sala de estar; cada um destes diferentes elementos, materializa o objectivo principal deste projecto: criar uma habitação com um conceito simples que acompanha o modo de vida e as necessidades da família.

Open spaces

Foi no piso térreo que se reuniram todos os espaços sociais da habitação, estando estes divididos não por convencionais paredes, mas sim, por mobiliário. Já aqui vimos vários projectos que adoptam esta solução de modo a maximizar o espaço aberto, consequente a iluminação natural é também rentabilizada uma vez que, não existem barreiras visuais a cobrir as janelas.

A palavra-chave é funcionalidade, e é neste sentido que os espaços abertos tipo open space, surgem como sendo um dos principais recursos no sentido de criar espaços mais amplos e luminosos.

Ao fundo a escadaria, também ela digna de admiração. Ao surgir numa materialidade, também ela distinta, esta escadaria transmite a ilusão de flutuação.

Cozinha de sonho!

É numa esquina que se apresenta de uma forma quase majestosa a cozinha desta habitação unifamiliar. Este é um dos locais mais espantosos desta moradia, com móveis de madeira natural e paredes de mármore, esta cozinha consegue criar um diálogo entre a diversa materialidade que a compõe.

O tecto falso que incorpora a iluminação artificial, pretende destacar esta área, admitindo assim uma divisão, ainda que extremamente subtil.

A ilha, típica de projectos de cozinhas modernas, alberga toda a área confecção e preparação de alimentos, oferecendo ainda uma possibilidade de ser uma mesa para refeições mais ligeiras como pequenos-almoços ou lanches.

Outra perspectiva da cozinha

A partir desta perspectiva é possível observarmos que a cozinha é linear e possui duas áreas bem definidas nomeadamente uma zona húmida e outra de confecção. Ao fundo verificamos um grande móvel de parede com o propósito de guardar todos os utensílios e alimentos pertencentes a esta divisão.

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Sala de jantar

Esta é a área de sala de estar, aqui podemos afirmar que o mobiliário de estilo escandinavo, proporciona uma grande comodidade, demonstrando uma sintonia relevante com o espírito geral da habitação.

As tonalidades que imperam neste piso térreo, são primordialmente sóbrias e básicas: areia, bege, creme e cinza. O objectivo é transmitir serenidade e elegância. Outro detalhe curioso são os candeeiros com padrões, formas e texturas distintas que decoram, de uma forma subtil, este espaço de refeição e convívio.

Suite principal

Ao subir a escadaria flutuante chegamos ao segundo piso onde se encontram os quartos. Este é o quarto principal, uma suite matrimonial, que dispõe de um fantástico terraço bem como de um pequeno escritório, ideal para trabalhar, e ainda uma casa-de-banho e um closet.

Como observamos na fachada, o ripado de madeira situa-se na zona dos dormitórios, precisamente com o objectivo de cortar um pouco a iluminação tornando os dormitórios em lugares mais serenos e acolhedores.

A casa-de-banho

Esta é uma perspectiva de uma casa-de-banho do piso superior o qual se divide em duas partes distintas: uma zona com os lavatórios e outra com as instalações sanitárias. O material de eleição permanece o mármore que juntamente com a madeira conforma espaços elegantes e distintos.

Exterior vivo!

Resumindo: no piso térreo concentram-se todos os ambientes de uso comum como a sala de estar e jantar, a cozinha e ainda uma instalação sanitária. No primeiro piso, reúnem-se as áreas privadas da habitação, três dormitórios, sendo que, um deles é uma suite.

No exterior, encontra-se a zona de garagem e o barbecue, sendo estes os espaços encarregues de estabelecer uma relação directa da habitação com o jardim exterior.

Como sabemos esta habitação situa-se no hemisfério Sul, como tal, a direcção mais fria, ao contrário de nós aqui no hemisfério norte, é Sul. Neste sentido é relevante afirmar que a fachada a Sul é praticamente cega com o objectivo de proteger e isolar o interior do frio.

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