Homify 360º – Duas casas em Monção

Rita Paião – Homify Rita Paião – Homify
Duas casas em Monção, JPL Arquitecto JPL Arquitecto Modern houses
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A arquitectura portuguesa é reconhecida internacionalmente como sendo umas das melhores, tendo sido distinguida já por diversas vezes no mundo inteiro. Obviamente existem muitos outros casos de sucesso espalhados pelo país mas o que vamos falar hoje é do norte do País. João Paulo Loureiro é um arquitecto portuense com atelier sediado em Matosinhos. Depois de se ter formado em arquitectura pela faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto colaborou com alguns nomes de relevo, como Alcino Soutinho e Andrea Soutinho. Nos entretantos decidiu abrir o seu próprio atelier com nome próprio. Os seus projectos atacam diferentes escalas e incluem sobretudo moradias unifamiliares, blocos de apartamentos, conjuntos residenciais, residências para estudantes, ampliações e remodelações de edifícios, planos urbanísticos, complexos desportivos, concursos, entre outros. 

Neste artigo iremos dar-lhe a oportunidade de conhecer detalhadamente aquele que talvez seja o seu projecto mais mediático, o de duas casas em Monção.

O enquadramento

Este é um projecto de duas casas projectadas no mesmo terreno, sob a mesma estrutura, para um e para pai o seu filho, na região de Monção com deliciosas vistas para o rio Minho. O projecto habitacional previu a implantação de duas moradias emergidas numa fantástica paisagem minhota enquadrando-se perfeitamente, acabando por ser uma mais valia para as duas partes. Grandes volumes com linhas simples e contemporâneas aparecem na paisagem, mostrando-se de forma elegante e majestosa.

O camuflado

O projecto foi implementado por volta do ano de 2013 com o objectivo máximo de inserir de forma perfeita esta arquitectura de grandes dimensões na paisagem. A ideia era fazer com que a arquitectura não se relacionasse com a paisagem mas que fizeste realmente parte dela! A solução final é sem dúvida um conjunto arquitectónico camuflado na perfeição no terreno envolvente, que foi mantido intocável.

A entrada

A perspectiva da imagem mostra a porta principal da entrada da habitação. Esta é em vidro fumado tendo a característica se se estiver no interior consegue-se ver o exterior, mas o mesmo não acontece de maneira oposta. è uma mais valia pois deixa entrar luz e deixa perceptível a imagem geral do exterior sendo possível visualizar quem chega e se dirige à porta de entrada. Os projectos de João Paulo Loureiro marcam pela sua estética muito coerente e marcante, transversal a todos eles.

A panorãmica da sala

Uma poderosa escadaria circular faz a ligação entre os dois níveis da moradia separando os vários momentos de ambas as casas. A delicadeza empregue nas linhas e formas arquitectónicas contrasta com os materiais aplicados: o betão armado, a pedra da região, o vidro e o ferro. Materiais de força, consistência e durabilidade que quando articulados ao conceito e estética do projecto resultam maravilhosamente bem. Características que também evidenciam a relação entre técnicas construtivas tradicionais com aquelas de carácter contemporâneo.

outra perspectiva!

Os interiores foram pensados de forma fluída e aberta para o exterior, numa relação que se quis o mais directa possível. Sublime linguagem geométrica presenta-se leve e requintada na totalidade do ambiente relacionando-se emocionalmente com a paisagem exterior. Todos os detalhes arquitectónicos, foram pensados pelo arquitecto, usando os recursos locais como a madeira de pinho ou a pedra. Na imagem é possível observarmos o espaço amplo de nível inferior que pode ser utilizado de inúmeras maneiras – para sala de estar, de jantar , etc… Um espaço fabuloso!

Antítese de materiais

A madeira faz parte de todos os interiores! É aplicada sem medo a revestir todas as paredes de grandes e pequenas dimensões. O seu ar quente consegue criar atmosferas quentes sendo uma mais valia ao contrastar com o piso e tecto em betão armado deixado no seu estado natural. Mais uma vez a antítese de materiais é notória e resulta na perfeição.

Jogo de aberturas

É interessante o conjuntos de jogos de aberturas e de luz criado no interior. As portas pivotantes dão uma percepção diferente do espaço ampliando-o visualmente devido aos espaços de diferentes dimensões abertos.

A protagonista do espaço

Esta poderosa caixa de escadas em cimento faz a ligação entre o piso térreo e o primeiro andar, dividindo ambas as casas. É considerada a protagonista do espaço pela sua leveza vs austeridade intrínsecas. O delicado desenho de caixilharias de janelas contrapõem-se com um jogo harmonioso de geometrias.

Nesta proposta, o material conjuga-se com a harmonia do local e com a criatividade do autor, constituindo-se como um elemento importante no espaço habitacional.

O céu é o limite

Um poderoso rasgo que conjuga a elipse e o círculo estabelecem o equilíbrio com a paisagem e combinam estruturas, dando aso à imaginação para a utilização deste espaço vazio.

O jardim

O jardim privado aparece entre paredes de cimento e pedra contraponto com a verdadeira natureza exterior, dona de uma paisagem panorâmica sem fim! 

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